domingo, 1 de fevereiro de 2009

A MARCHA DA MACONHA




Mais de duas mil pessoas saíram em marcha pelas ruas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) para pedir a legalização da maconha. A passeata aconteceu no início da tarde de ontem, e contou com a participação de usuários e simpatizantes do movimento que questiona a proibição ao plantio da erva, também chamada cannabis, tanto para fins medicinais quanto para consumo.

A marcha foi organizada pelo movimento nacional intitulado 'Coletivo Marcha da Maconha'. 'É um movimento contra a hipocrisia e pela discriminalização da pobreza também, uma vez que no Brasil somente o pobre que é usuário de maconha vai para a cadeia', declarou Renato Cinco, um dos coordenadores da marcha.

Contrariando a orientação dos coordenadores, muitos consumidores fizeram uso da erva durante a marcha. Porém, sem serem perturbados pela polícia que acompanhou de longe a movimentação. 'Nós não queremos afrontar ninguém. Queremos chamar atenção para a questão, até mesmo pelo fator econômico que o plantio e a exploração do produto pode render aos cofres públicos. Pedimos para que os participantes não fumassem durante a passeata, mas não posso proibir ninguém', acrescentou Renato Cinco.

Durante a passeata foi distribuído o manifesto nacional pela legalização da maconha, que orientava os passos para organizações civis articularem a Marcha da Maconha em suas cidades. 'A Marcha no Brasil não é um movimento de apologia. Mas queremos suscitar a discussão para o problema que é a criminalização da cannabis, que a gente paga com muitas vidas humanas. A criminalização mata muito mais do que a própria erva. Há muitas lendas e desinformação quanto a utilização da cannabis', afirmou. A passeta teve a aprovação de participantes do Fórum Social Mundial. 'Eu acho que a causa é justa. O Brasil já tem idade de enfrentar de frente essa situação. Dircriminalizar a maconha acaba também com muitas mortes de inocentes e quebra o esquema do tráfico de drogras', observou a carioca Márcia Siqueira, que assistia a passeata.

Segundo o manifesto distribuído durante a marcha, uma vez por ano, simultaneamente com o movimento internacional Global Marijuana March, a Marcha da Maconha Brasil organizará e convocará manifestações públicas pela legalização da cannabis. Para maiores informações os coordenadores colocam a disposição o site: www.marchadamaconha.org.br.

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